Os servidores municipais de São Paulo realizaram mais uma grande manifestação em frente à sede da Prefeitura, no Viaduto do Chá, na tarde desta quarta-feira (13), pela revogação da reforma da Previdência municipal, e decidiram manter a greve, que começou no último dia 2.
A reforma da Previdência do município foi aprovada pelos vereadores da capital no final do ano passado.
Com o projeto, a alíquota de contribuição dos servidores passa de 11% para 14%. No projeto também consta a criação de um sistema de previdência complementar para novos trabalhadores com remuneração superior ao teto de R$ 5,6 mil.
Além da revogação da reforma da Previdência, os servidores pedem valorização e “revisão geral salarial de 10% para os servidores ativos, aposentados e pensionistas”. Segundo eles, isso poria fim à política “de reajuste adotada pela prefeitura nos últimos anos de conceder ao funcionalismo reajuste de 0,01%”.
Conforme o presidente do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem), Claudio Fonseca, a luta contra a reforma da Previdência municipal começou em 2015, contra o Projeto de Lei nº 558, que criava a Sampaprev, apresentado pelo prefeito Haddad.
“Em 2016, lutamos e conseguidos com que o PL fosse retirado da Câmara, no mês de agosto. Antes de deixar o governo, Haddad reapresentou o projeto de lei ao Legislativo. Também com a nossa luta conseguimos impedir a aprovação deste projeto no governo Doria e, em março [de 2018], colocamos 100 mil vozes nas ruas, que disseram não ao confisco de salários”, afirmou Fonseca.