O presidente Michel Temer não irá propor por meio de medida provisória uma forma de financiamento para sindicatos, que deixarão de receber o imposto sindical a partir do dia 11, data em que entra em vigor a reforma trabalhista.
De acordo com o governo, a contribuição assistencial a entidades sindicais será levada ao parlamento posteriormente, em formato de um projeto de lei. Para sindicalistas que confiaram no governo, a notícia foi um banho de água fria, pois haverá grandes as chances do projeto de lei ser barrada pela Câmara dos Deputados, e os sindicatos ficarem sem uma contrapartida.
O presidente tinha prometido a algumas centrais que aceitaram se reunir para “negociar” que enviaria ao Congresso uma MP para manter, por cinco anos, a principal fonte de renda dos sindicatos em troca de apoio contra a segunda denúncia na Câmara, de crimes cometidos por Temer e sua quadrilha. O deputado Paulinho da Força, que negociava com o governo a manutenção do financiamento sindical, afirmou que desistiu de cobrar do presidente Michel Temer a edição de medida provisória para recriar o tributo. O parlamentar disse que tentará negociar diretamente com Rodrigo Maia.