São Paulo está no centro do retrocesso da indústria brasileira, avaliou o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI) após divulgação dos dados regionais de produção pelo IBGE nesta quinta-feira (14).
Em janeiro, o maior e mais desenvolvido parque industrial do país amargou perdas de -5,3% sobre janeiro do ano passado. A virada de 2018 para 2019 – que levou o setor produtivo brasileiro de volta para o vermelho com queda de -2,6% no ano e de -0,8% na comparação mensal – também foi arrasadora para São Paulo: de dezembro do ano passado para este janeiro, a queda foi de 1,8%.
“São Paulo se destaca por apresentar um quadro ainda mais adverso que o total Brasil. Na comparação frente ao mesmo período do ano anterior, há quedas sistemáticas desde setembro do ano passado, isto é, nos últimos cinco meses. Para uma economia industrial tão dependente de São Paulo, diante desta evolução, o resultado para o agregado do país não poderia ser outro que não uma nova etapa recessiva”, avalia o IEDI. Respectivamente em novembro, dezembro e janeiro, a sequência de quedas em São Paulo foi de -3,6%, -5,4% e -5,3% na comparação anual.
O instituto afirma que, além da sequência de variações negativas, aspectos como a força nada desprezível com que a indústria paulista pisou no freio e a disseminação de quedas dentre seus ramos (média de 67% deles) preocupam.
Assim como em São Paulo, a importante indústria do Rio de Janeiro apresentou queda desde setembro de 2018. Em janeiro, o estado perdeu -1,5% da sua produção frente ao ano passado, se somando a São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais para fazer do Sudeste o “centro recente do retrocesso”, segundo o IEDI. Sobre dezembro, a indústria carioca recrudesceu -1,3%; a do Espírito Santo, -2,6% e; a mineira teve crescimento quase nulo de 0,7%.