Sobre

HORA DO POVO é o mais antigo órgão da imprensa progressista e popular em circulação no Brasil. Fundado em 1979, portanto há 38 anos, ainda em plena ditadura, sua longevidade foi – como hoje ainda é – garantida pela amplitude editorial e inserção profunda nos movimentos sociais.

Desde 1979, quando surgiu como semanário, a proposta da HORA DO POVO foi ser um veículo para expressar a voz de todas as forças existentes no país que propugnavam pela democracia, pelo desenvolvimento nacional e pela justiça social. Este caráter amplo, aberto a qualquer contribuição progressista e democrática, sempre caracterizou e, hoje, mais ainda, caracteriza a linha editorial da HORA DO POVO.

Daí o seu público e a sua presença, desde os trabalhadores – HORA DO POVO é o único jornal em que são anunciantes as centrais sindicais do país – aos movimentos comunitário, estudantil, feminino, dos afro-descendentes, até o empresariado nacional.

Durante seus primeiros anos, em que a vida política girava em torno da volta à democracia ao país, este foi também o centro da linha editorial da HORA DO POVO. As perseguições sofridas nessa época, que foram de processos pela infame Lei de Segurança Nacional contra diretores do jornal, prisões de ativistas que vendiam o semanário, até, na última e desesperada fase da ditadura, atentados terroristas contra bancas e apoiadores, não impediram que a HORA DO POVO se consolidasse como órgão de imprensa entre os movimentos sociais e entre lideranças políticas.

Pelo contrário, seu papel cresceu – o que foi visível no movimento das Diretas-já e sua decorrência, a campanha de Tancredo Neves à Presidência da República.

Em 1989, a HORA DO POVO transformou-se em diário. É então que várias personalidades, depois que as eleições presidenciais terminaram com um revés para as forças nacionais e populares, publicam suas contribuições, em primeira mão, no jornal.

Em 1991, Euzébio Rocha – autor do substitutivo que deu origem à Lei nº 2004, que criou a Petrobras, e apoiador do jornal desde a época em que era semanário – publicou, em capítulos, na HORA DO POVO, o seu livro “Petrobrás – esse Patrimônio é nosso”, posteriormente lançado pela Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet).

Logo em seguida, em suplemento especial da HORA DO POVO, um dos maiores historiadores brasileiros, o general Nelson Werneck Sodré, publicaria, entre outros trabalhos, “A Farsa do Neoliberalismo”, depois também lançado em livro.

Da mesma forma, a socióloga Paula Beiguelman começaria, no início da década de 90, sua frutífera contribuição na HORA DO POVO, somente encerrada com seu falecimento, em 2009.

No final de 1991, logo após a privatização da Usiminas, a HORA DO POVO lançaria uma campanha que tomaria as ruas no ano seguinte: o impeachment, por crime de responsabilidade contra o país, de Collor de Mello.

A partir de 1995, devido às dificuldades que o país enfrentava às quais a HORA DO POVO, como órgão popular, não ficou imune, o jornal passou a ter periodicidade bi-semanal. Apesar disto significar na época um recuo, permitiu por outro lado, a concentração de esforços daqueles que fazem o jornal, e portanto, uma maior densidade em seu noticiário. A influência, sobretudo após seu lançamento na Internet, aumentou em seu público-alvo. Estamos agora no 28º ano da nova fase da HORA DO POVO.

A defesa do patrimônio nacional, em especial das estatais, mas também das empresas privadas ameaçadas, além da defesa do emprego e do poder aquisitivo da população, seria, até 2003, o centro da linha editorial da HORA DO POVO. O principal exemplo foi a defesa da Petrobras, então em risco de esquartejamento para privatização aos pedaços – e até mesmo de mudança de nome.

A partir de 2003, a questão decisiva abordada pelo jornal foi o processo de mudanças em curso a partir daquele ano.

Além disso, abordamos assuntos que vão desde a recomposição do emprego, a recuperação do salário, o combate à fome, a distribuição de renda – e o significado dessas questões para o crescimento da economia, com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – até problemas e propostas de solução em áreas sociais, como a Saúde, a Educação e a Previdência.

A partir de 2011 – e, sobretudo, de 2015 – a linha editorial da HORA DO POVO foi centrada em analisar e denunciar o recuo neoliberal, e, com especial destaque, o ataque ao dinheiro e à propriedade pública, revelado pela Operação Lava Jato.

A derrocada do governo Dilma, a partir do leilão do Campo de Libra, em 2013 – e, principalmente, a partir do estelionato eleitoral de 2015 – fez com que tivéssemos de concentrar forças na cobertura jornalística dos ataques à Previdência, à CLT, e na resistência a esses ataques.

Esta pauta, com o objetivo de evidenciar os elementos de verdade para cada tema, e a amplitude inclusive na realização de cada edição – hoje escrevem na HORA DO POVO colunistas e articulistas de inúmeras tendências, além das matérias publicadas de outros autores, originalmente aparecidas em outros órgãos – proporcionaram, com destaque, a ampliação de sua circulação e influência no conjunto do movimento sindical.

Sob este ponto de vista – aquele que diz respeito à maioria do povo brasileiro, sobretudo aos trabalhadores, mas também a outros setores, inclusive o empresariado nacional – a HORA DO POVO tem mantido um constante foco sobre a questão dos caminhos da economia brasileira, em especial a definição de um projeto para construir a nação, com a participação decisiva do Estado e das estatais, abordando seus diferentes aspectos, como, por exemplo, a questão do financiamento público dos investimentos e a resolução dos problemas das políticas monetária, cambial e comercial.

Tais aspectos, evidentemente, são entendidos por nossa linha editorial como vitais para os interesses dos trabalhadores e do povo brasileiro.

Além disso, nesses 38 anos, a HORA DO POVO conseguiu uma acolhida sólida entre os parlamentares progressistas que compõem o Congresso Nacional, Assembléias Legislativas e Câmaras de Vereadores das grandes cidades, assim como entre membros do Executivo, tendo vários órgãos estaduais como anunciantes.