Os servidores municipais de São Paulo encerraram a greve após acordo com a gestão Bruno Covas (PSDB) e voltaram a trabalhar na segunda feira (11). A greve contra a reforma da previdência municipal durou 33 dias e tinha como um dos principais pontos de pauta derrubar o aumento da contribuição previdenciária dos servidores que aumentou de 11% para 14%, de acordo com a proposta apresentada pela prefeitura.
Covas se comprometeu a reconhecer o direito de greve do funcionalismo, pagando os dias que foram descontados durante a greve nos próximos sete dias. Além disso, se comprometeu a não encaminhar à Câmara dos Vereadores nenhum projeto que preveja aumentar ainda mais a contribuição, possibilidade dada caso a reforma da Previdência de Bolsonaro (PSL) que tramita na Câmara Federal, seja aprovada, podendo chegar a 22% por meio das “contribuições extraordinárias”.
O vereador Cláudio Fonseca (PPS), presidente do sindicato dos professores, disse que “não foi um movimento que começou no dia 4. Começou em 2015 e teve seu ápice no ano passado, quando evitamos que o governo aumentasse a contribuição para até 19%. O movimento fez o governo abrir negociação, reconhecer que há necessidade de dialogar com os servidores”.
Também faz parte do acordo a concessão de um abono salarial emergencial para os funcionários da educação de nível básico de R$200 reais, e para os trabalhadores do ensino médio municipal de R$ 300, até que haja definição sobre a reestruturação das carreiras, ainda em discussão. A discussão sobre valorização do piso salarial dos professores em abril também foi um dos compromissos para o fim da greve.
“Ainda que não tenham sido atendidas plenamente as reivindicações dos servidores, aqueles que participaram da greve saem de cabeça erguida”, complementa Cláudio Fonseca.
A partir de segunda-feira (11) os servidores começaram a discutir calendários de reposição de aula, no caso dos professores, e formas de compensação das faltas, no caso dos demais funcionários.