O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ), iniciou dia 27 de outubro uma viagem de nove dias para o exterior, acompanhado de mais nove deputados. A viagem tem sido duramente criticada, pelo fato de ser custeada pelos cofres públicos em um momento de grave crise econômica no país e com uma agenda recheada de “compromissos oficiais” de causar risos.
A única explicação para o tour, com paradas em Israel, Itália e Portugal, talvez seja aliviar a tensão dos ilustres parlamentares – alguns deles acompanhados das esposas, uma vez que ocorre logo após a disputada votação que enterrou a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer.
Os trajetos aéreos estão sendo realizados com um avião da FAB. Além do custo aéreo, o dinheiro público envolvido inclui diárias para bancar hospedagem, transporte local e alimentação. Ela é de US$ 428 (R$ 1.408) para cada um dos deputados. Cada um tem direito a cinco diárias, a um custo total de R$ 90 mil.
A rádio CBN ouviu conversa entre deputados que participam da comitiva, que revela contrariedade com a repercussão de gastos com viagem internacional. O líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Baleia Rossi (SP), reclama da repercussão negativa.
A CBN teve acesso ao diálogo porque ligou para um dos deputados e ele não desligou o celular após a gravação da entrevista. O aparelho captou o áudio.
