“A polícia, como regra, só deve entrar em uma universidade se for para estudar”, afirmou o ministro do STF Luís Roberto Barroso
A poucos dias das eleições, policiais e fiscais de tribunais eleitorais desencadearam uma série de ações de censura a manifestações em defesa da democracia em diversas universidades do país. A ação, armada por alguns juízes de primeira instância pró-bolsonarista, em 20 estados, foi respondida com protestos e manifestações de estudantes e professores, e também criticada por advogados, magistrados, ministros do STF, e pela procuradoria Geral da República.
O ministro do STF, Luís Roberto Barroso, disse que não se pronunciava sobres casos concretos, mas que em seu ponto de vista “a polícia, como regra, só deve entrar em uma universidade se for para estudar”, afirmou Barroso ao chegar para dar uma palestra na Universidade Externada, em Bogotá, na Colômbia, sobre os trinta anos da Constituição.
No sábado (27), a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, concedeu uma decisão liminar em caráter provisória, para suspender os efeitos judiciais e administrativos que determinaram o ingresso de policiais em universidades. O caso ainda será analisado pelo plenário da Corte. Leia trechos da sentença em Cármen Lúcia impede orquestração bolsonarista para sufocar liberdade nas Universidades.
Os atos de censura e tentativas de impedir aulas e debates foram registrados em 35 instituições de ensino: UFGD, UEPA, UFCG, UFF, UEPB, UFMG, Unilab, SEPE-RJ, Unilab-Fortaleza, UNEB, UFU, UFG, UFRGS, UCP, UFSJ, UERJ, UFBA, UFERSA, UFAM, UFFS, UFRJ, IFB, Unila, UniRio, Unifap, UEMG, UFAL, IFCE, UFPB, UFRPE, Unesp, UNIFEI, UFMS, UNILABA, Uenf.