A procuradora geral da República (PGR), Raquel Dodge, cobrou nesta quarta-feira (5) o esclarecimento do assassinato da ativista e vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), morta a tiros no Rio de Janeiro em março deste ano, durante a abertura do 2º Seminário Internacional Brasil-União Europeia, que discute caminhos para a prevenção da violência doméstica contra a mulher.
“[Marielle] emprestou a sua voz em favor de populações mais excluídas e seu assassinato é uma expressão da violência contra a mulher, contra a mulher negra que quer ocupar espaço de poder no nosso país e, portanto, necessita ser o quanto antes esclarecido”, disse a procuradora.
Quem segue responsável pelas investigações da morte de Marielle e de seu motorista, Anderson Pedro Gomes, é a Delegacia de Homicídios da Capital (DH) e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. A Polícia Federal irá abrir uma investigação sobre a suposta existência de uma organização criminosa que estaria impedindo a resolução do crime e a identidade do culpado de assassinar a vereadora.
“Gostaria de que nós não nos esquecêssemos de lembrar do assassinato de Marielle Franco nessa oportunidade, porque Marielle foi uma importante ativista e defensora dos direitos humanos no seu estado”, complementou Dodge.
Também participaram da solenidade o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, e os ministros Aloysio Nunes (Relações Exteriores) e Gustavo Rocha (Direitos Humanos).
Durante o seminário, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Ministério dos Direitos Humanos (MDH) assinaram um acordo de cooperação técnica para implementar o Formulário Nacional de Avaliação de Risco e Proteção à Vida.