O ex-primeiro ministro da Malásia, Najib Razak, e sua esposa foram submetidos a uma humilhação pública ao mesmo tempo em que a polícia apreendia cinco caminhões carregados de bens luxuosos, incluindo dezenas de bolsas de marca. Tais bolsas, avalia a polícia, podem chegar a até 120.000 dólares, três vezes o salário anual de um trabalhador, sem falar de outras suntuosidades como relógios e jóias.
“O número de jóias é bastante grande”, declarou Amar Singh, diretor de investigações de crimes comerciais. A sede de Razak pela aquisição de bens suntuosos com recursos alheios estampa a identidade do assaltante malaio com o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, devidamente encarcerado.
Dezenas de milhares de pessoas acessaram o facebook e assistiram perplexas a transmissão ao vivo, às três da manhã, da invasão realizada em um dos colossais apartamentos da família Najib, localizado em um condomínio chique. No dia seguinte, milhões de malaios viram as imagens, que se espalharam pelo país, ridicularizando o ladrão.
Desde a derrota de Najib, em 9 de maio, a verdade tem vindo à tona de uma forma implacável, com “todos os segredos saindo”, acrescentou Sara Rashid, trabalhadora do Optimist Coffee, um café no centro de Kuala Lumpur.