Segundo a coronel Eliane Nikoluk (PR), candidata a vice-governadora de Márcio França, o povo de São Paulo, em especial o funcionalismo público, rejeita a candidatura de Dória e votará em peso em sua chapa.
Nikoluk, que é coronel da Polícia Militar de São Paulo, estava prestes a se aposentar quando decidiu entrar para a política. De acordo com ela, isso aconteceu depois que suas filhas admitiram ter vontade de sair do país. A princípio, seria candidata a deputada estadual, mas o candidato do PSB a governador do estado, Márcio França, a convidou para ser vice.
“Quando me chamou, perguntei: governador, há um esquema de corrupção muito grande e não me sentiria confortável se o senhor apoiasse o PT. (…) Ele falou: ‘Coronel, aqui no estado de São Paulo não tem essa hipótese’”, relatou Eliane na entrevista dada à Folha de São Paulo.
“Vou buscar um governo de composição, quero equilíbrio, diálogo, quero que a gente possa conversar com todos”, disse França, segundo Eliane.
Quando questionada se Márcio França receberia muitos votos vindos dos policiais, Nikoluk disse que “sim, pela valorização e porque esses anos de PSDB foram muito cruéis para o funcionalismo”.
Seu adversário, João Dória (PSDB) tem afirmado que, caso seja eleito, a polícia começará a atirar para matar a partir de 1º de janeiro. Para Eliane, é uma proposta “totalmente descabida. Me desculpe, estou falando sob o escopo técnico. A polícia é treinada para proteger a vida. O uso do armamento envolve técnicas e procedimentos muito bem definidos”.
Eliane, que é abertamente eleitora de Bolsonaro, também criticou a proposta do candidato do PSL de liberar o porte de armas. “Agora você imagina na nossa sociedade um monte de gente andando armado para cima e para baixo. Imagina um carnaval, rodeio de Barretos, briga de trânsito? Não dá, (…) é inconcebível”, afirmou.