Em cerimônia na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), na segunda-feira (20), Bolsonaro fez mais uma das suas chantagens e ameaças à classe trabalhadora e ao funcionalismo público, afirmando que se a reforma da Previdência não for aprovada, “vai faltar dinheiro para pagar quem está na ativa”.
“Não podemos desenvolver muita coisa por falta de recursos, por isso precisamos da reforma da Previdência. Ela é salgada para alguns? Pode até ser, mas estamos combatendo privilégios. Não dá para continuar mais o Brasil com essa tremenda carga nas suas costas. Se não fizermos isso, 2022, 2023, no máximo em 2024, vai faltar dinheiro para pagar quem está na ativa”, disse.
A carga a que Bolsonaro se refere são os milhões de brasileiros que após uma vida inteira de trabalho – não apenas pelo sustento próprio e de suas famílias, mas também em prol do desenvolvimento do país – têm o justo direito a uma aposentadoria digna e a uma velhice minimamente assistida.
Bolsonaro, que na mesma ocasião afirmou que os políticos estão atrapalhando o Brasil, e que na semana passada chamou de “idiotas úteis” os milhões de estudantes, professores, pesquisadores e pais de alunos que saíram às ruas de todo o país contra os cortes na educação, só conseguiu dizer aos empresários que “o primeiro trabalho que queremos fazer é não atrapalhá-los, já estaria de bom tamanho, tendo em vista [a burocracia] que os senhores tem que enfrentar no dia a dia”.
E de concreto como providências para desenvolver o país e gerar empregos citou medidas brilhantes como a facilitação de licenças ambientais e o aumento da validade da carteira de habilitação.