A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (29), a operação Circus Maximus para investigar o recebimento de R$ 16,5 milhões em propina por parte de diretores do Banco de Brasília (BRB).
Como explica o Ministério Público Federal (MPF), a Operação Circus Maximus “visa desarticular uma organização criminosa instalada no BRB que, desde 2014, vem praticando, junto com empresários e agentes financeiros autônomos, crimes contra o sistema financeiro, corrupção, lavagem de dinheiro, gestão temerária, entre outros”.
O grupo LHS Barra Empreendimentos Imobiliários S.A., para captação de recursos para a construção do Trump Hotel, criou um fundo de investimentos e lançou no mercado títulos da dívida. Dos R$ 80 milhões captados, R$ 33,6 foram do BRB. Houve outros repasses de valores do banco para a empresa, como um aporte de R$ 18,5 milhões.
Entre os investigados estão o presidente licenciado do BRB, Vasco Cunha Gonçalves, e os diretores Nilban de Melo Júnior e Marco Aurélio Monteiro de Castro. Também são investigados pela operação Diogo Cuoco e Adriana Cuoco.
Para o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), este caso é “apenas a ponta do iceberg de um esquema de corrupção que precisa ser amplamente investigado”. O BRB “é uma caixa-preta a ser aberta”, afirmou.