Os motoristas de São Paulo realizaram assembleias nas garagens de ônibus, na última terça-feira, como parte da mobilização da categoria por melhores condições de trabalho e direitos.
Em campanha salarial, os motoristas rejeitaram a proposta patronal – que prevê reajuste salarial abaixo da inflação (4,18%) – e também aprovaram participação na greve geral dos trabalhadores no dia 14 de junho contra a reforma da Previdência.
“Essa reforma agrava a desigualdade social do país, ao sacrificar os mais pobres, que terão dificuldades para requererem suas aposentadorias. Vamos nos indignar, reistir, protestar com todas as nossas forças para impedir que o pior aconteça”, afirmou o deputado Valdevan Noventa, líder do Sindicatos dos Motoristas e Trabalhadores em Transposte Urbano de São Paulo (Sindmotoristas).
Para preparar a greve geral está se articulando uma Plenária do Setor de Transporte do Estado de São Paulo, marcada para o dia 27 de maio.
Em repúdio à proposta patronal, a categoria também prepara uma paralisação para o dia 21 de maio.
“Após um processo licitatório demorado, com várias interrupções, finalmente serão assinados os novos contratos de concessão. Os patrões estão ‘rindo à toa’ com os lucros que terão na exploração do sistema de transporte público da capital paulista, pelos próximos 20 anos.
Então, o problema não é a falta de recursos, mas a falta de vontade de conceder o que é de direitos dos trabalhadores”, disse o presidente em exercício do Sindmotoristas, Valmir Santana Paz (Sorriso), que criticou a postura dos empresários, dizendo que a ganância deles não tem limites e tem sido o maior empecilho para um acordo.