Durante palestra em Curitiba, na segunda-feira (5), o juiz federal, Sérgio Moro, afirmou que criará um pacote de medidas de combate à corrupção e ao crime organizado a ser enviado ao Congresso Nacional, nos primeiros meses do próximo ano.
“Vamos preparar um pacote legislativo que pretendemos apresentar no início da próxima legislatura com diversas medidas anticorrupção e anticrime organizado”, anunciou Moro, anunciado como o próximo ministro da Justiça e Segurança Pública.
Segundo Moro, o seu objetivo à frente da pasta é avançar as pautas anticorrupção. “Achei que essa oportunidade e minhas responsabilidades não me permitiam deixá-la passar. O objetivo é, no governo federal, com tolerância, imprensa, sociedade civil, avançar principalmente em duas pautas: uma agenda anticorrupção e anticrime organizado”, afirmou o juiz.
“É possível sair da magistratura e entrar no governo sem um projeto de poder, mas com o projeto de fazer a coisa certa”, falou o juiz por ter que deixar os processos da operação Lava Jato para assumir o cargo de ministro.
Para Moro, ele não está agora entrando para a vida política, ele acredita que sua atuação dentro do governo Bolsonaro é “eminentemente” técnica. “É com grande pesar que abandono a magistratura. Não me vejo ingressando na política. Ingresso num cargo eminentemente técnico, e vou trabalhar com aquilo que conheço, que é a Justiça”, falou. “Mantenho a promessa: não pretendo jamais disputar qualquer cargo eletivo”, garantiu o juiz.
Nesta terça-feira (6), ele disse que vai usar o modelo da Operação Lava Jato para combater o crime organizado e que vai trabalhar sem “perseguição política”.
O juiz falou ainda que integrantes da Lava Jato são considerados para compor a sua equipe. Também enfatizou que deseja aprovar parte das ‘dez medidas contra a corrupção’.
Moro declarou ainda que o caso do assassinato da vereadora Marielle Franco tem que ser solucionado e que não pretende criminalizar manifestações sociais. Por último, posicionou-se contra fechar a fronteira com a Venezuela.