Jair Bolsonaro (PSL) anunciou nesta terça-feira (20) o nome do deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) como Ministro da Saúde em seu governo. Ele é o terceiro ministro do DEM no governo Bolsonaro. Além dele, já foram anunciados Onyx Lorenzoni (DEM-RS) para a Casa Civil e Tereza Cristina (DEM-MS), a ‘musa do veneno’, para a Agricultura.
Mandetta é investigado por prejuízos estimados em 8 milhões de reais à prefeitura de Campo Grande pela aquisição e instalação do Gerenciamento de Informações Integradas da Saúde (Gisa). A PF investiga fraude em licitação, tráfico de influência e caixa dois na implementação do sistema de prontuário eletrônico, quando Mandetta era secretário de Saúde em Campo Grande (MS).
Auditoria feita pela CGU (Controladoria-Geral da União) em 2014 apontou que, apesar de o pagamento estar praticamente finalizado, o sistema contratado não havia sido instalado nas unidades de saúde.
O sistema de informática foi comprado quando o parlamentar era secretário municipal de Saúde de Campo Grande (2010). Nos autos da investigação, o democrata é acusado de favorecer o ConsórcioTelemídia & Technology Ltda e a empresa portuguesa Alert Serviços de Licenciamento de Sistemas de Informática para a Saúde em troca de favores pessoais relativos à campanha eleitoral de 2010.
Segundo o jornalista Edvaldo Bittencourt, o caso tramitou no Supremo Tribunal Federal por três anos e meio, de 2 de fevereiro de 2015 até 23 de agosto deste ano, quando o ministro Luiz Fux determinou o envio para a primeira instância. A investigação contra o parlamentar é resultado da CPI da Saúde da Assembleia Legislativa, que encaminhou a denúncia para o MPF (Ministério Público Federal).
Nascido em Campo Grande (MS), Mandetta é médico ortopedista formado pela Universidade Gama Filho. Ele tem especialização em Ortopedia pelo serviço de Ortopedia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul UFMS, e sub especialização em Ortopedia Infantil pelo Scottish Rite Hospital for Children em Atlanta.