O governo Bolsonaro planeja leiloar todos os aeroportos do país nos próximos três anos. A informação foi dada pelo futuro ministro de Infraestrutura, Tarcisio Gomes de Freitas, na quinta-feira (13).
Dos aeroportos mais lucrativos, 10 terminais já foram entregues à iniciativa privada desde 2011, no governo Dilma, que prosseguiu com as concessões de Temer. Praticamente todos foram entregues a empresas estrangeiras.
Em 15 de março de 2019, já está marcado o leilão de outros 12 terminais. O edital desse leilão já foi elaborado pela equipe de Temer.
De todos os aeroportos ainda sob controle estatal, pelo menos dois são considerados “jóias da coroa”, o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e o Santos Dumont, no Rio de Janeiro, que têm a rota mais movimentada do país, e escaparam da sanha entreguista por pressão política.
“Devemos conceder nos próximos três anos ou três anos e meio toda a rede Infraero”, afirmou o ministro, que também confirmou a indicação do brigadeiro Hélio Paes de Barros Júnior, atual diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), para presidir a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).
Sobre a indicação do brigadeiro para a estatal, o ministro disse que “ele é experiente, conhece profundamente o setor e chega alinhado com o plano do ministério de fazer mais concessões de aeroportos”.
Tarcicio Gomes também disse que, caso o plano de privatização do restante dos aeroportos dê certo, é possível que também ocorra a extinção da Infraero, ou que a estatal também seja privatizada, como uma empresa de administração de aeroportos.