A Duratex, fabricante da marca de louças e metais Deca, fechou sua unidade em São Leopoldo (RS), levando à demissão de 480 funcionários.
A confirmação do fechamento da fábrica foi anunciada nesta segunda-feira (1) por meio de nota.
A empresa não anunciou o número exato de demissões, afirmando que parte dos funcionários seria transferidos para outras unidades. No entanto, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Vidros e Cerâmicas do Rio Grande do Sul (STIVIDRO-RS), que acompanhou as demissões desde o início do dia, as dispensas atingiram todos os empregados.
“A empresa demitiu todos os funcionários registrados na Duratex de São Leopoldo, de gerente a auxiliar de limpeza. Se vão ser reaproveitados, é com novo cargo, novo salário”, afirmou o presidente da entidade, Clecio Ramiro de Lara.
Segundo Clecio, considerando os familiares, duas mil pessoas serão atingidas pelo encerramento das atividades no município.
“A fábrica estava fechada, o forno desligado, então, nem adiantava mais querer fazer nenhum tipo de manifestação. Fiz pedido para a empresa, não sei se vou ser atendido, de manter até o fim do ano a cesta básica e o plano de saúde”, destaca.
Além da Deca, a Duratex é fabricante das marcas Hydra, Ceusa, Durafloor e Duratex. A unidade de São Leopoldo estava em funcionamento desde 1981.
O presidente do Sindividros-RS, Rafael Ribeiro, que representa as indústrias, também lamentou o fechamento da unidade em nota:
“O Sindividros-RS lamenta o encerramento das atividades da planta de São Leopoldo de seu associado DURATEX. A empresa, fundada em 1950, possuía unidade produtiva no município gaúcho desde 1981, onde trabalhavam atualmente 480 colaboradores”.
“Com a saída de mais uma atividade fabril de nosso Estado, segue o movimento de desindustrialização do Rio Grande do Sul, resultado de décadas de políticas incorretas de nossos governantes. Nesse momento de reavaliação de políticas e de reformas, nossos líderes precisam preocupar-se tão somente com o resultado de suas escolhas para o povo gaúcho e brasileiro, e não para seu capital político”, afirma a entidade.
