O governador de São Paulo, João Doria, anunciou na sexta-feira (8) a concessão de “incentivos fiscais” às montadoras. As benesses consistirão em descontos de até 25% no valor do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para empresas que apresentarem planos de construção ou ampliação de plantas industriais em valores superiores a R$ 1 bilhão e geração de pelo menos 400 postos de trabalho.
É isso mesmo: quatrocentos postos de trabalho, em um estado que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), teve uma taxa de desemprego (“taxa de desocupação”) de 14,2% em 2018, superior à média nacional (11,6%).
Doria jurou de pés juntos que não pretende abrir uma “guerra fiscal” com outros estados. “Não estamos fazendo nenhuma concorrência desleal com outros estados”, asseverou.
A redução do regime tributário será feita através de decreto que será editado pelo governador. De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Henrique Meirelles, as empresas serão fiscalizadas para que executem as contrapartidas.
Quando concederam desonerações que beneficiaram principalmente as grandes empresas, notadamente as montadoras, todas estrangeiras, Lula e Dilma disseram a mesma coisa. Resultado: as empresas não investiram nenhum tostão a mais, o desemprego explodiu e as remessas de lucro para o exterior aumentaram.
A benesse fiscal foi anunciada após a montadora norte-americana Ford ter informado que vai fechar a fábrica de São Bernardo do Campo. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, serão encerradas 4 mil vagas.
A General Motors, com duas fábricas em São Paulo, também ameaçou deixar o país.