Jair Bolsonaro defendeu na manhã de terça-feira (18), em entrevista em frente ao Palácio do Planalto, que os passageiros têm mesmo que pagar pela bagagem despachada. “Com todo o respeito, quer fazer uma viagem e vai usar mais, vai levar mais de 10 quilos, acho que… Se quer levar mais de 10 quilos, pague, pô, sem problema nenhum”, afirmou.
Bolsonaro deu as declarações ao ser questionado pelo veto que fez, na segunda-feira (17), a um trecho de uma medida provisória (MP) que determinava a gratuidade para bagagem de até 23 quilos em aviões com capacidade acima de 31 lugares, nos voos domésticos. “Eu sempre viajei sem mala no avião. Então, eu estaria pagando pelos outros”, argumentou Bolsonaro.
Ele justificou o veto dizendo que estava defendendo um pleito das empresas. “Eu fiz uma conta para um avião com 200 pessoas, 20 quilos a mais para cada um, é um gasto a mais”, disse Bolsonaro, advogando a favor das empresas.
Depois de uma decisão da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) de 2017, bagagens de 23 quilos em voos nacionais e 32 quilos nos voos internacionais são cobradas à parte, com um valor adicional ao da passagem. Cada empresa estabelece o critério de cobrança e as dimensões das malas.
A emenda do deputado Roberto Rocha (PSDB-MA) à MP da desnacionalização das empresas aéreas proibiu a cobrança de bagagens até 23 quilos para voos domésticos de aviões com mais de 31 lugares e 32 quilos para voos internacionais.
O Congresso aprovou a isenção, mas Bolsonaro vetou a medida aprovada pelos parlamentares, mantendo apenas a parte da MP que garantia a entrega das empresas brasileiras aos estrangeiros.