A bancada do governo Bolsonaro na comissão especial da reforma da Previdência (PEC 6/19) na Câmara dos Deputados rejeitou por 30 votos a 18 o destaque que impedia as mudanças negativas, criadas pelo Planalto, nas regras de aposentadoria de professores.
O destaque buscava preservar as atuais regras de aposentadoria para professores, como 25 anos de contribuição para mulheres e 30 anos para homens, sem exigência de idade mínima. A proposta original do governo exigia idade mínima de 60 anos e 30 anos de contribuição para profissionais dos dois sexos.
Pelo texto do relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), aprovado na quinta-feira (4) na comissão, as professoras poderão se aposentar com 57 anos de idade e 25 de contribuição; e os professores, com 60 de idade e 30 de contribuição.
A grande maioria dos oradores tentou, sem sucesso, convencer os representantes do governo de que os professores tinham que ter um tratamento diferenciado.
Deputados da oposição denunciaram que o comportamento da bancada do governo confirma que Jair Bolsonaro “é inimigo da educação”. Além de cortar 30% das verbas das Universidades e Institutos Federais, o governo se esforçou para impedir a retirada dos professores da reforma da Previdência.